Eu prometi não tocar mais no assunto.
Eu prometi não acreditar mais em você.
Eu prometi não levar isso à diante.
Prometi pra não doer mais em mim.
Mas o que seria das promessas, se elas nunca fossem quebradas?
Realmente, eu não manteria algo que pudesse te deixar totalmente longe de mim, não por muito tempo. O assunto congestiona minha mente, polui todo e qualquer pensamento que esteja vagando por aqui, porque eu sinceramente não sei se estou pior COM ou SEM você. Já faz algum tempo desde quando você se foi, e eu acho incrível que eu tenha suportado até aqui, mesmo estando no meu limite. Você não pode imaginar o quão dificil éter que ignorar-te toda vez que tu vem me dirigir à palavra, quando tu queres que as coisas se resolvam deixando-as como estão. Não é assim. Isso causa feridas, que demoram a cicatrizar. E tudo agora é mais difícil, porque não te tenho aqui, logo tu que foi meu anestésico, pra toda dor, a qualquer noite. Tirar-te da minha vida não depende só de mim. É irônico o modo como eu necessito de ti até pra isso. Maldita dependência. Por mais que eu tente preencher minhas noites de sábado com outros corpos, nenhum jamais se igualará ao teu. Por mais que eu tente em meio à música ensurdecedora, encontrar qualquer som que se assemelhe ao do timbre da tua voz, nenhum deles é aceito pelos meus tímpanos, senão o teu. E por mais que eu tente -no auge da minha embriaguez- te dizer o que se passa aqui, eu jamais conseguiria.
(Leticia Faleiros)
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