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Feminino, Maringá - PR - Brasil. Desinteressada, Desastrada, Desequilibrada, há 18 anos. Eu realmente deveria me importar mais...

domingo, 20 de junho de 2010

- so much for my happy ending ;

A cada passo me lembro de você aqui. É como se o seu corpo ainda estivesse no meu campo de visão, porque eu te vejo em todos os lugares, com os olhos abertos ou não. Eu ainda não acredito que você está partindo. Agora é diferente, a distância é ainda maior e eu não sei como vai ser. Isso tem me matado cada vez mais. Eu tento me distrair, pensar em outras coisas, mas é só você que habita minha mente. Não adianta eu tentar por outra pessoa em seu lugar. E eu tentei. Tentei várias vezes, tentei com várias pessoas. Mas é só você que eu quero e não adianta eu me enganar, porque eu sempre vou acabar aqui, te escrevendo coisas que nem sempre eu tenho coragem de te dizer. E me falta coragem porque eu sei o quanto sou fraca perto de ti, o quanto tu me fragiliza, o quanto tu me domina. Eu sinto muito por não conseguir ter feito tudo melhor, ter feito dar certo, ter te levado mais a sério. Eu sinto pelas burradas que eu tenho feito longe de ti... Eu só estou tentando ocupar meu tempo, tentando suprir a falta que você me faz, e com isso me enfiando em um buraco negro sem fim. Ultimamente, eu tenho feito coisas das quais eu me envergonho até o fim da minha vida toda, tenho realizado prodígios cada vez mais medíocres, e eu me arrependo, me arrependo de verdade. Não por mim, mas por ti. Porque eu te prometi que ficaria bem, e eu não estou, te confesso. Eu estou perdendo o controle, todas minhas ações estão sendo impensadas. Eu estou tentando tapar um buraco do qual eu desconheço a dimensão, desconheço o tamanho, desconheço a intensidade. Me perdoe, por tudo.

(Leticia Faleiros)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

dear romeo.

Esquecer só é fácil, quando não é necessário. Eu queria perder alguma coisa, e viver  para sempre com a vontade de achá-la, e guardá-la de novo, mas é quase que impossível. Sonhos não são feitos para serem vividos. Quando você percebe que esqueceu alguma coisa, é quando você mais tenta se lembrar. Aquela palavra, aquela pessoa. Não adianta fugir do que está dentro do seu coração. Depois da esquina, vem sempre, a saudade. E quantas vezes eu esbarrei com ela? Ah, já abandonei toda as contas, toda a matemática, toda a física, toda intimidade com as palavras. Eu tentei tantas vezes entender o que estava se passando aqui, mas nunca fui capaz. Eu queria apenas colocar meus fones de ouvido, aumentar o volume da música e esquecer tudo o que está em minha mente, todos os pensamentos, todas as dúvidas, toda a dor. Desde o começo, eu te queria tanto quanto sabia que não podia te ter. Eu tentei ser feliz, e consegui durante muito tempo, com você. Agora me diz porque é que você tem que ir embora? Me diz porque é que você tem que me deixar aqui só? Me diz porque é que você não pode mais cuidar de mim, como você prometeu? Eu não consigo mais ouvir tua voz, eu não consigo mais sentir tua pele, eu não consigo mais olhar nos teus olhos. Eu não consigo.

(Leticia Faleiros)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Eu prometi não tocar mais no assunto.
Eu prometi não acreditar mais em você.
Eu prometi não levar isso à diante.
Prometi pra não doer mais em mim.
Mas o que seria das promessas, se elas nunca fossem quebradas?
Realmente, eu não manteria algo que pudesse te deixar totalmente longe de mim, não por muito tempo. O assunto congestiona minha mente, polui todo e qualquer pensamento que esteja vagando por aqui, porque eu sinceramente não sei se estou pior COM ou SEM você. Já faz algum tempo desde quando você se foi, e eu acho incrível que eu tenha suportado até aqui, mesmo estando no meu limite. Você não pode imaginar o quão dificil éter que ignorar-te toda vez que tu vem me dirigir à palavra, quando tu queres que as coisas se resolvam deixando-as como estão. Não é assim. Isso causa feridas, que demoram a cicatrizar. E tudo agora é mais difícil, porque não te tenho aqui, logo tu que foi meu anestésico, pra toda dor, a qualquer noite. Tirar-te da minha vida não depende só de mim. É irônico o modo como eu necessito de ti até pra isso. Maldita dependência. Por mais que eu tente preencher minhas noites de sábado com outros corpos, nenhum jamais se igualará ao teu. Por mais que eu tente em meio à música ensurdecedora, encontrar qualquer som que se assemelhe ao do timbre da tua voz, nenhum deles é aceito pelos meus tímpanos, senão o teu. E por mais que eu tente -no auge da minha embriaguez- te dizer o que se passa aqui, eu jamais conseguiria.


(Leticia Faleiros)